Good afternoon my friends!
Já faz um bom tempo que não posto nada por aqui, mas hoje trarei uma dica retirada do site educacional TeclaSAP. Como eu havia dito há alguns dias, infelizmente devido ao estágio e outras obrigações estou sem tempo para postar novas dicas, mas hoje conseguiu um tempinho extra e trarei uma excelente dica. É muito grande o texto abaixo, mas se você quer realmente aprender a se comunicar melhor, principalmente quem está começando agora, eu recomendo a leitura do mesmo. Obrigado a todos pela colaboração.
Formature, habilitation e aposented. Isso é inglês?
Vamos fazer uma brincadeirinha e praticar o enrolation? Leia as explicações abaixo e descubra do que estou falando:
- a formal dance for high school students, usually at the end of the school year
- an official document or card which shows that you have the legal right to drive a vehicle
- not working anymore: having ended your working or professional career
Não foi tão difícil assim, não é? As respostas são: 1. formature; 2. habilitation, 3. aposented.
As definições foram retiradas do dicionário Merriam-Webster. Os vocábulos, da minha imaginação fértil.
Você está falando sério?
Onde eu quero chegar com toda essa criatividade? Provavelmente você já passou por situações nas quais não conseguia encontrar a palavra para expressar um conceito específico. Em outros posts, já falamos sobre estratégias a serem usadas nesses momentos difíceis. Substituir a palavra e explicar o conceito são alternativas. Existe, porém, uma terceira, usada com muita frequência por alunos iniciantes e brasileiros desesperados em terras estrangeiras: o “chute”. Talvez, se falarmos a palavra em português com uma pequena adaptação dos afixos (como em “descansation“), um “r” retroflexo (língua bem enroladinha) ou aumentarmos o volume da voz, o estrangeiro consiga nos entender, como num passe de mágica.
Improvisar é bom! Enrolation demais, não!
O improviso é saudável. Arriscar é inerente ao aprendizado de um idioma. Podemos e devemos nos aventurar! Empregar estruturas gramaticais recentemente aprendidas, utilizar novo vocabulário, estar aberto às correções – tudo isso faz com que você ganhe confiança e efetivamente amplie a sua fluência. É assim que aprendemos linguagens: através das tentativas, erros e acertos. É impossível usarmos qualquer idioma de forma 100% apropriada, seja às normas gramaticais ou aos contextos.
Observe que o improviso com estruturas ou a substituição da palavra que você não consegue lembrar por uma frase explicativa são estratégias eficazes e recomendáveis, ao passo que a adaptação da palavra em português para o inglês – a chamada enrolation - não é! Apesar de os dois idiomas apresentarem alguns vocábulos semelhantes devido à origem no latim, as chances de criarmos uma palavra incompreensível são grandes. Geralmente o professor brasileiro consegue interpretar o que está sendo dito por conhecer o termo que deu origem a essa palavra “alienígena” (nem português, nem inglês). Existe até uma nomenclatura linguística para isso: un-English. Isso quer dizer que o termo ou expressão utilizado não faz parte do padrão ou uso normalmente aceito e compreendido na língua inglesa (Dicionário Oxford).
Os exemplos são vários:
It was my sister’s niver.
That’s because she uses oculs.
The government should take care of the disabrigated.
I have to wash and encerate my car.
Você consegue identificar as palavras em itálico? Claro que sim! Porque você fala português! Mas para um falante de inglês será realmente impossível adivinhar o que estes vocábulos significam. Às vezes, o improviso se torna um hábito arraigado e a pessoa passa a usar uma quantidade tão grande de un-English que chega a prejudicar a compreensão.
O que é mais fácil, explicar ou “chutar” a palavra? Por esse motivo, algumas pessoas evitam a explicação e partem logo para um improviso. Devemos experimentar e correr riscos ao falar um idioma estrangeiro, mas há um limite. Se você não souber realmente como dizer algo e não conhecer nenhum sinônimo, explique o conceito – é o que chamamos de paráfrase – e pergunte ao interlocutor como dizer aquela palavra. Em seguida, incorpore-a ao diálogo.
Outra possibilidade é simplificar! Com frequência, tenho alunos do nível básico querendo expressar situações mais complexas, nas quais precisariam usar orações subordinadas, condicionais ou tempos perfeitos, e passavam a maior parte do seu tempo de fala “lutando” contra o idioma. Nesta situação, não era ele quem estava produzindo oralmente, mas o professor:
Student: How do you say “se eu tivesse chegado”?
Teacher: If I had arrived.
Student: If I had arrived early… How do you say “eu teria visto”?
Teacher: I’d have seen.
Student: I’d have seen the accident. How do you say “entretanto”?
Teacher: “However”
Student: However… How do you say…
Não seria melhor simplificar? O aluno poderia ter dito “I didn’t see the accident because I arrived late, but…” O que conta é a comunicação! E este último exemplo comunica muito mais efetivamente do que a série de “How do you say”. Se não sabe dizer “mitocôndria”, diga que é uma parte da célula; para “desabrigado”, diga que é uma pessoa que mora na rua, e assim por diante.
Lembre-se que existem diversas palavras que não têm tradução para o inglês, por serem produtos ou realidades tipicamente brasileiras. Nestes casos, citamos a palavra, seguida da explicação. Por exemplo, na definição de “caipirinha”:
Bebida, de origem brasileira, composta de aguardente de cana, suco de limão, açúcar e gelo triturado. [Brazil’s national cocktail, made with cachaça (sugar cane hard liquor), sugar and lime. (Wikipedia)]
Na versão em inglês, só faltou o gelo! Observe que a Wikipedia mantém a palavra “cachaça”, dando a devida explicação – porque cachaça é produto exclusivo do Brasil.
By the way, as definições do início do texto se referem a: 1. prom, 2. driver’s license e 3. retired.